Gestão de resíduos sólidos

 

De acordo com a legislação sobre saneamento, a gestão dos resíduos sólidos é uma responsabilidade dos Serviços de Água e Esgoto dos Municípios. Dar tratamento adequado ao lixo tem vários benefícios: promove o aproveitamento do que pode ser reciclado, reduz o volume de lixo que é destinado ao aterro, e evita contaminação do solo e da água.

 

Coleta Domiciliar e Lixo Hospitalar

Em maio de 2010, o município mudou seu sistema de Coleta de Lixo Domiciliar. O serviço, antes realizado pela Prefeitura Municipal, foi terceirizado para a iniciativa privada e ficou sob a responsabilidade do Saaej.

A empresa contratada para a coleta (MB Engenharia e Meio Ambiente) foi pioneira, no Brasil, na desinfecção de lixo hospitalar com tecnologia de micro-ondas. O Saaej também passou a gerenciar esse tipo de coleta no município e a recolher, todos os meses, 9.416 kg do material proveniente de hospitais e ambulatórios, o que exige um trabalho diferenciado para evitar contaminações.


Quanto ao lixo domiciliar, os caminhões compactadores são novos e possuem reservatório de 15 m3, equivalente a 8 toneladas. Ao todo, 28 pessoas trabalham na empresa terceirizada, das quais oito motoristas e 18 agentes coletores.


Os bairros têm a coleta três vezes por semana: segunda, quarta e sexta ou terça, quinta e sábado - durante o dia e a noite. A área central, onde há um volume de resíduos maior, a coleta passou a ser feita de segunda a sábado, em horários que não interfiram no funcionamento dos estabelecimentos comerciais. Antes, a coleta no centro era feita apenas três vezes por semana.

Aterro Sanitário - entre as melhores classificações do Estado de SP

O Saaej é responsável por gerenciar o Aterro Sanitário em uma área de 109 mil m2, onde segue normas ambientais, com fiscalização e aprovação da Cetesb - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. O Aterro era nota 8,4 no ano de 2007, já considerada uma das melhores da região.  Em 2008 e 2009, a nota subiu para 8,8. E, em 2010, o Aterro de Jaboticabal está entre as melhores classificações do Estado, com nota 9,2 (fonte - Cetesb).


A gestão alcança eficiência na impermeabilização, deposição, compactação e correto aterramento.


Para promover economia aos cofres públicos, o Saaej implantou, em novembro de 2009, uma balança para a medição de todo o volume depositado. Antes, o município realizava o pagamento por estimativa, à empresa que realiza a movimentação do lixo. O cálculo era o feito pelo padrão de geração de lixo por número de habitantes.


Com a implantação da balança, o peso do lixo doméstico passou a ser  mensurado com precisão, o que resultou na redução de R$ 30 mil mensais nos custos.


O volume total de lixo depositado no aterro é de 7.751.545 kg por mês, sendo 1.285.110 kg são de lixo domiciliar, 9.416 kg de lixo hospitalar e 6.418.869 kg de entulho e lixo industrial, e 38.150 kg de recicláveis.

Coleta Seletiva

A Coleta Seletiva teve início, em Jaboticabal, em janeiro de 2009 com uma resposta muito positiva da população. A coleta é feita em toda a cidade, com o rodízio nos setores uma vez na semana. Todos os meses, são coletadas e destinadas à reciclagem 100 toneladas de materiais.



Coleta e destinação final de óleo de cozinha usado

Desde julho de 2010, o Saaej gerencia a Coleta de Óleo de Cozinha, realizada junto à  Coleta Seletiva. A média é de 2 mil litros de óleo coletados todos os meses. O resíduo é enviado à  Biodiesel Brasil, empresa de Ribeirão Preto, que realiza a transformação em biodiesel. Posteriormente, o combustível é comprado pela empresa Reúsa para uso nos caminhões da coleta em Jaboticabal.

Com a coleta de óleo de cozinha evita-se o descarte inadequado em quintais, o que provoca a contaminação do solo, ou na pia doméstica, o que prejudica o tratamento do esgoto. Outro benefício ambiental é o uso do biodiesel em substituição ao diesel, este originado do petróleo e responsável por altas emissões de gases do efeito estufa.

Jaboticabal resolveu o problema dos pneus no Aterro Sanitário

Estima-se que a produção de pneus novos seja de 2 milhões de unidades por dia em todo o mundo.  O descarte de pneus velhos chega a atingir, anualmente, quase 800 milhões de unidades e, só no Brasil, são produzidos cerca de 40 milhões de pneus por ano. Quase metade da produção é descartada no mesmo período. O problema é o descarte irregular no meio ambiente, em terrenos baldios, à beira de rodovias, ou em depósitos clandestinos, como os ainda persistentes lixões.

Jaboticabal também passou por um período crítico quanto ao descarte inadequado. A partir de outubro de 2009, um grande volume de pneus foi deixado nas proximidades da cidade, oriundos até mesmo de outras regiões.

O problema tomou vulto, devido ao risco de proliferação de insetos, já que os pneus a céu aberto tornam-se criadouros de mosquitos. Em uma espécie de força tarefa, equipes da Prefeitura Municipal recolheram os pneus de terrenos baldios para afastá-los da área urbana.

O material foi segregado no Aterro Sanitário e, posteriormente, enviado às empresas recicladoras.

A retirada dos pneus, que era feita mensalmente pelo Saaej, não foi mais suficiente. A partir de outubro de 2009, os volumes superaram a capacidade logística, e vários meses foram necessários para reduzir a quantidade e, finalmente, acabar com o problema.


Os pneus foram destinados às recicladoras credenciadas, que atendem ao Conama - Conselho Nacional do Meio Ambiente.

A nova Política Nacional de Resíduos Sólidos deverá auxiliar os municípios na destinação correta, pois divide a responsabilidade entre todos os membros da cadeia produtiva. Assim, os fabricantes deverão fazer um trabalho junto aos governos e sociedade para, de forma integrada, minimizarem os danos ambientais.

Em Jaboticabal, o trabalho de segregação dos pneus é permanente, assim como o transporte do Aterro para empresas de reciclagem. 

Mapa da Coleta Seletiva em Jaboticabal

Mapa da Coleta Seletiva

produzido por Neomarc