Programa

 

Desde 2008, a Direção do Saaej vem implementando iniciativas para a redução de perdas em todos os setores e etapas dos serviços. Em julho de 2010, a Autarquia transformou essas iniciativas em um programa, com estabelecimento de metas, supervisão e controle. O programa tem como base projetos de sucesso em outros municípios por todo o país. Trata-se do "Controle de Perdas".

Fazem parte da iniciativa o Sistema de Mapeamento de Pressão, o Mapa Digital, a Troca de Hidrômetros, a substituição de Painéis Elétricos na Captação, entre outras ações.

 

Eficiência energética - programa CPFL

O Saaej fechou parceria com a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), em janeiro de 2009, para a participação no Programa de Eficiência Energética da companhia. O objetivo foi implantar ferramentas e medidas que promovessem a redução do consumo de energia. A negociação para a iniciativa havia sido  iniciada em 2007, na gestão de Antônio Sérgio Britto.


Como parte do programa, a companhia reformou a bomba de captação do Córrego Rico para melhorar o seu desempenho operacional e energético. O consumo de energia foi reduzido e o volume de água captada aumentou, passando de 780 mil litros por hora, para 1 milhão de litros por hora.


O investimento da CPFL foi de R$ 381.900,00, gerando uma economia, para o município, de 1.322 Mwh ou R$ 360.000,00 ao ano. Não houve investimento financeiro do Saaej.

Substituições de Painéis Elétricos reduz consumo de energia

Os painéis elétricos da Captação de Córrego Rico foram substituídos, em 2010, por equipamentos digitais, que auxiliam no desempenho do maquinário, ao mesmo tempo em que economizam energia.


Os  novos equipamentos reduzem energia e realizam o acionamento e o desligamento gradativos das bombas elétricas. Isso evita desgastes no maquinário  e rompimento da rede, no caso de quedas abruptas de energia.

Com capacidade maior na captação de água, o Saaej desliga as bombas no período crítico, das 18h às 21h. O tempo em que as bombas permanecem ligadas diminuiu  com as novas instalações.

Mapa digital

Em 2009, o Saaej concluiu o sistema Mapa Digital para toda a rede de água, o que permitiu conhecer a localização de cada metro de tubulação e interligação do município.  Por trata-se de uma rede muito antiga, não havia um desenho ou planta com a localização dos encanamentos. Assim, a cada novo conserto ou serviço, a busca pela rede era feita por tentativas repetidas.


Para a produção do mapa, as equipes realizaram a determinação do local, profundidade e diâmetro da rede por meio de sondagens e verificação por geofonia (sistema que permite ouvir os ruídos dos movimentos sísmicos abaixo da superfície da Terra).


O mapa permite ainda identificar vazamentos com mais rapidez e precisão e, no  caso de consertos, o fechamento de registros em áreas isoladas, evitando a interrupção do abastecimento de todo o bairro.


É possível, agora,  programar com antecedência serviços de manutenção da rede, o que leva maior conforto à população e melhora o desempenho do trabalho. No total, Jaboticabal possui hoje 350.177 metros de rede de água. Ou mais do que a distância entre o município e a capital paulista.

Cadastro da rede e mapeamento de pressão

Esse modelo de gerenciamento da rede caracterizou-se por um estudo minucioso de toda a rede de abastecimento de água, desde a captação no Córrego Rico até a distribuição nas residências para localizar vazamentos "não visíveis", zonas de pressão, trechos da rede e hidrômetros com problemas para correções necessárias.

Para o projeto, chamado de Cadastro de Rede, Distribuição de Água e Mapeamento de Pressão, o Saaej assinou convênio com o Fehidro - Fundo Estadual de Recursos Hídricos, no valor de R$ 68.000,00 e fez aporte de recursos próprios de R$ 11.000,00. 



Os gráficos, feitos por amostragem, são avaliados de forma permanente,  e indicam o nível de pressão na distribuição de água, de acordo com os horários. Assim, o Saaej pode realizar a setorização da distribuição. Isso quer dizer que com o uso de um medidor de pressão inteligente, determina-se o máximo de volume a ser distribuído por rua, de acordo com o consumo daquela área, em determinado horário. Isso evita que o bombeamento de um grande volume de água, em horário de baixo consumo, provoque o rompimento de tubulações.
Pesquisa de fraude

Desde agosto de 2010, um funcionário da Autarquia faz o monitoramento, em toda a cidade, identificando residências e empresas que estejam com a ligação de água irregular. Os casos mais comuns são os "gatos", em que o contribuinte, pessoa física ou jurídica, realiza uma conexão na rede de água que "evita" o hidrômetro. Há também casos de hidrômetro adulterado, que não registra o consumo, e imóveis, que permanecem abastecidos, mesmo depois do corte de água por falta de pagamento.  Tais atitudes ferem a legislação e, dessa forma, o contribuinte é notificado.


A conta de água é calculada pela média e cobrada durante os meses irregulares.  Dos imóveis fiscalizados, 15% apresentaram algum tipo de problema.

Ao lesar o serviço de água e esgoto, o morador está lesando toda a comunidade, pois os custos são sempre divididos entre todos os contribuintes.

Troca de Hidrômetros

Em junho de 2009, o Saaej iniciou a troca de 10 mil hidrômetros em toda a cidade. A iniciativa fez parte de um planejamento da Autarquia, que visa a garantir a precisão do serviço em todos os setores.

A troca periódica de hidrômetros é uma ação dentro do Programa Controle de Perdas e também fez parte de exigências legais, visto que após cinco anos de uso, o equipamento perde gradativamente sua eficiência.

Isso gerava perda na distribuição. A mudança do equipamento sanou o problema, além de promover o tratamento equânime a toda população. O novo hidrômetro não foi cobrado do morador.

produzido por Neomarc